Patrimônio em movimento

Definições

Banca de madeira: mesa de madeira retangular, esculpida para que possa escoar o soro do Queijo Minas Artesanal. Nela os queijos são colocados ainda nas formas, para serem salgados, nesta etapa soltam bastante soro, que escorre canalizado pela banca até ser coletado. (BG)

Banto: (PMAS) “A tradição dos povos bantos deu, no Brasil, origem a toda uma família de danças aparentadas, que vai do carimbó paraense e do tambor-de-crioula do Maranhão ‘passando pelo coco do litoral nordestino e pelos sambas do Recôncavo e do médio São Francisco, na Bahia’ até o jongo ou caxambu no Sudeste brasileiro, notadamente no Vale do Paraíba. Onde houve negro banto, lá estão as danças de roda, com ou sem umbigada.” (Centro Cultural Cartola, et al, 2007, p. 14)

Batuque: (PMAS) termo utilizado no século XVII para remeter a qualquer dança ou música feita pela comunidade negra. (SILVA, 2010)

Centro histórico: (HTG) O centro histórico corresponde a área de ocupação mais antiga de uma cidade. Ao receberem a proteção do tombamento e serem reconhecidos como patrimônio cultural, os centros antigos ganham uma nova condição devido sua importância histórica no processo de formação das cidades. Em seu conjunto arquitetônico, possibilitam a leitura do processo de evolução da cidade. Esses espaços são constituídos por uma multiplicidade de usos. Para além de serem espaços de fruição estética, museal e cultural, são compostos por áreas públicas e privadas, onde estão presentes a função habitacional, comercial e institucional. Segundo legislação federal um sítio histórico se divide em poligonal de tombamento e poligonal de entorno. A área do tombamento se refere ao perímetro de proteção rigorosa onde incide os efeitos legais do Decreto Lei n.25/1937. A área de entorno é uma zona de amortecimento que visa amenizar os impactos causados pelos processos de crescimento das cidades, funciona como um espaço de transição, que procura manter a ambiência do sítio protegido. Essas áreas podem receber proteção por via de legislações municiais, estaduais e federais e também podem ser reconhecidas como Patrimônios da Humanidade, chancelados pela UNESCO como, por exemplo, Centro Histórico de Olinda (PE), Salvador (BA), São Luís do Maranhão (MA), Ouro Preto (MG), Paraty (RJ). Para mais informações acesse: IPHAN. Conjuntos Urbanos Tombados. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/123; ICOMOS. Carta de Petrópolis (1987). Disponível em:
http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20de%20Petropolis%201987.pdf.

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https://www.icomos.org/charters/xian-declaration-por.pdf

UNESCO. Patrimônio Mundial no Brasil. Disponível em:
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/list-of-world-heritage-in-brazil/

Chancela de Paisagem Cultural: (HTG) Instrumento de preservação do patrimônio cultural utilizado pela Unesco desde 1992 e regulamentado no Brasil por meio da Portaria do Iphan n⁰. 127/2009. A Paisagem Cultural tem por objetivo proteger áreas delimitadas de um território tendo como princípio as formas de interação entre grupos sociais e o meio ambiente, entre as categorias do patrimônio natural e cultural, dessa forma, a proteção promovida pela Chancela envolve as categorias dos patrimônios materiais e imateriais e sua interação com o meio natural onde ocorrem. Tendo como objeto de proteção às interações entre ambiente natural e atividades humanas, ou seja, as formas como os grupos sociais modificam e interagem com o meio ambiente, a Chancela oferece proteção ao território baseado na relação estabelecida entre natureza, espaços construídos e as atividades humanas ali desenvolvidas. No Brasil, as áreas do Pão de Açúcar, Corcovado, Floresta da Tijuca, Aterro do Flamengo, Jardim Botânico, Praia de Copacabana e Bahia de Guanabara foram chancelados em 2012 pela Unesco como Paisagem Cultural da cidade do Rio de Janeiro. Para mais informações acesse: NASCIMENTO, F.; SCIFONI, S. A paisagem cultural como novo paradigma para a proteção: a experiência do Vale do Ribeira- SP. Revista CPC, n. 10, p. 29-48, 1 out. 2010. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/cpc/article/view/15660; IPHAN. Portaria n.127 de 30/04/2009. Estabelece a Chancela da Paisagem Cultural Brasileira. ; RIBEIRO, R. W. Paisagem Cultural e Patrimônio. Rio de Janeiro: Iphan/Copedoc, 2007. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/SerPesDoc1_PaisagemCultural_m.pdf

Chorinho: (PMAS) Por algum tempo, foi chamado de “choro-sapeca”’ por ser um choro mais “saltitante”; isto é, sua designação é uma maneira de se diferenciar o choro comum de um choro de andamento mais rápido. (PEREIRA, 2007) Exemplo: Jacob do Bandolim, Assanhado. <https://www.youtube.com/watch?v=eadFunvjE04>

Choro: (PMAS) o choro é o estilo musical executado nas Rodas de Choro. “Choro” deriva de “cholo”, de acordo com o historiador Vasco Mariz, que representava grupos de músicos que animavam as festas familiares. Os grupos tocavam instrumentos como flauta, violão e cavaquinho; os ritmos seguiam o que estava vigente no século XIX e início do século XX: polcas, valsas, mazunkas e schottishes. Principais nomes foram Jacob do Bandolim, Pixinguinha, Radamés Gnatalli (PEREIRA, 2007) Ex: Jacob do Bandolim, Vibrações <https://www.youtube.com/watch?v=6bqA-sBujlg>

CONDEPHAAT (HTG) Fundado em 1968 pela Lei Estadual n⁰ 10.247 e vinculado à Secretaria de Cultura do estado, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo é formado por representantes das secretarias estaduais, entidades de classe, universidades e Procuradoria Geral do Estado. Tem como missão preservar e salvaguardar o patrimônio cultural do estado, contando com instrumentos jurídicos-administrativos para o tombamento de bens de natureza material (Decreto Lei n⁰149/1969), abrangendo bens móveis, imóveis, núcleos urbanos e áreas naturais; e registro de bens de natureza imaterial (Decreto n⁰57439/2011), que incide sobre os bens intangíveis, divididos nas categorias: Saberes, Formas de Expressão, Celebrações e Lugares. O Conselho conta com o apoio técnico e executivo da Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico (UPPH), que está dividida em duas equipes, uma responsável pelos Estudos e Reconhecimento do Patrimônio Cultural e Natural e o Grupo de Conservação e Restauração de Bens Tombados.
Para mais informações: http://condephaat.sp.gov.br/ ; Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Decreto Lei n.149/ 1969. Disponível em:
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto.lei/1969/decreto.lei-149-15.08.1969.html; Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Decreto n.57439/2011. Disponível em:
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2011/decreto-57439-17.10.2011.html; RODRIGUES, Marly. Alegorias do Passado. A instituição do Patrimônio em São Paulo. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/280267/1/Rodrigues_Marly_D.pdf

Cura: a cura é o termo utilizado por muitos queijeiros e queijeiras para designar queijos – ou outros alimentos que passam pelo mesmo processo – mais maturados, ou envelhecidos. (BG)

Diáspora: (PMAS) o termo pode ser entendido como “a dispersão mundial dos povos africanos e de seus descendentes como consequência da escravidão e outros processos de imigração” (SINGLETON & SOUZA, 2009: 449). Devido ao sentimento de não-pertencimento, manifestações do candomblé em terreiros e as fortes expressões afro-brasileiras (música, dança, culinária etc.) em uma determinada localidade pode representar a “reconstrução temporal de um microcosmos africano” para tornar presente o passado. (PEREIRA, 2015)

Enredo: (PMAS) é a característica principal no samba-enredo. Ele articula um determinado tema à produção da coreografia, à confecção de fantasias e a letra da música. Pela tamanha variabilidade de técnicas e códigos de comportamentos para cada função nos enredos dos ranchos carnavalescos, constituíram-se as famosas “escolas” para integralizar o processo de aprendizagem coletiva e organizar as apresentações dos cortejos no carnaval (GONÇALVES, 2003).

Inventário: (HTG) O inventário é um tipo de estudo que tem por finalidade a produção de conhecimento sobre os bens culturais de uma região. Através de pesquisas em documentos como: jornais, arquivos, livros, fotografias e a realização de entrevistas e gravações, o inventário tem como finalidade reunir o maior número de conhecimento possível de elementos da cultura em um determinado território, que pode ser uma cidade, um bairro, uma rua, um parque, uma aldeia, uma comunidade rural. Por meio do levantamento de informações de uma região, é possível mapear as histórias locais, como surgiram e para quem são importantes de serem preservadas, assim como os processos que as transformam e as modificam. Existem várias formas de se realizar um Inventário, que é orientado por diferentes métodos de pesquisa e que podem direcionados aos bens de natureza material ou imaterial, podem ser realizados pelas instituições responsáveis pela preservação do patrimônio, por instituições de ensino e pesquisa ou de forma participativa com a sociedade. Para mais informações acesse: IPHAN. Inventário Nacional de Referências Culturais: Manual de Aplicação. Brasília: IPHAN, 2000. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Manual_do_INRC.pdf; IPHAN. Inventários Participativos: Manual de Aplicação. Brasília: IPHAN, 2016. Disponível em:http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/inventariodopatrimonio_15x21web.pdf ; RODRIGUES, M. Inventário de Bens Culturais: Conhecer e Compreender. In: Revista CPC, n.21, p.31-38, jul. 2016. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/cpc/article/view/111845/115875

IPHAN: (HTG) Criado em 1937, o Instituto do Patrimônio e Histórico e Artístico Nacional é uma autarquia federal cuja sede encontra-se em Brasília (DF). Possui 27 superintendências, distribuídas nos estados federativos. O Instituto é responsável pelo reconhecimento e proteção do Patrimônio Cultural Brasileiro, definidos nos artigos n. 215 e n. 216 da Constituição Federal de 1988. Para tanto, são utilizados instrumentos como Inventários de bens culturais, Tombamento de bens de natureza material, Registro de bens de natureza imaterial e Chancela de paisagens culturais. A gestão do órgão se apoia em um Conselho Consultivo, formado por representantes da sociedade civil, especialistas nas diversas áreas de conhecimento que fazem parte do campo da preservação do patrimônio. Esse Conselho é responsável pela deliberação do reconhecimento de um bem cultural como patrimônio. Para mais informações acesse: http://portal.iphan.gov.br/

Lundu: (PMAS) Considerado o primeiro ritmo musical afro-brasileiro. José Ramos Tinhorão, pesquisador e crítico musical, afirma que o Lundu tem sua origem na palavra calundu, no qual se constitui um culto africano praticado no Brasil. De acordo com Tinhorão, o Lundu apresenta elementos da umbigada africana e do fandango europeu.

Leite cru: leite que, ao ser retirado do animal, não passa por processos térmicos como fervura ou pasteurização.

Maxixe: (PMAS) ritmo que surgiu em meados do século XIX na sociedade carioca através de bailes populares e seus elementos derivam de danças europeias como a polca e a habanerae ritmos afro-brasileiros, tais como o lundu e o batuque. (PEREIRA, 2007)

Miudinho: (PMAS) dança característica do Samba de Chula, modalidade do Samba de Roda, onde apenas uma pessoa dança dentro da roda – com um sapatear para frente e para trás seguido de movimentos nos quadris – e durante a dança, não se canta. (SIQUEIRA, 2017). Exemplo: trecho do documentário Samba de Roda na Palma da Mão. <https://www.youtube.com/watch?v=IhE_zFJEfbM>

Pagode: (PMAS) é um subgênero do Samba. Surgiu no final da década 1970, nos fundos de quintais, tendo como pioneiro o bloco carnavalesco “Cacique de Ramos” e seus principais nomes Jorge Aragão, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Fundo de Quintal, entre outros. (TROTTA, Felipe da Costa and OLIVEIRA, Luciana Xavier de. El suburbio feliz del ‘pagode carioca’. Intercom, Rev. Bras. Ciênc. Comun. [online]. 2015, vol.38, n.2, pp.99-118. ISSN 1809-5844. http://dx.doi.org/10.1590/1809-5844201526.) Exemplo: O barraco desabou, Jorge Aragão. <https://www.youtube.com/watch?v=eLYd2rtJtEo>

Pasteurização: Processo térmico que consiste na oscilação da temperatura de alimentos – aquecimento e resfriamento – no intuito de matar microrganismos que podem ser prejudiciais para a saúde humana, desenvolvido por Louis Pasteur. (BG)

Pastoril: (PMAS) representa as festas natalinas do nordeste, especialmente em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Teve grande influência nos ranchos carnavalescos do Rio de Janeiro. (VALENTE, 2009)

PIngo: É um fermento natural, recolhido a partir do soro que escorre pelas bancas de madeira após os queijos serem salgados. Este material coletado é colocado na massa dos próximos queijos. O pingo é também conhecido como “DNA” do Queijo Minas Artesanal, pois contém um conjunto de bactérias característicos de cada região. (BG)

Prensa de madeira: utensílio de madeira utilizado na fabricação de alguns queijos. Nela são colocadas as formas com os queijos frescos, que acabaram de ser feitos, e serão apertados até que o máximo de soro escorra.

Rancho: (PMAS) Referente ao texto, os elementos fundamentais do rancho carioca derivam dos ranchos que saiam no Dia de Reis, que “Mário de Andrade, em sua definição dos ranchos de Reis, os descrevia como estruturalmente idênticos ao reisado, como ‘qualquer agrupamento de cantores em cortejo, nas festas tradicionais’” (GONÇALVES, 2003) – com alegorias, roupagens extravagantes, luzes e a musicalidade . Já os ranchos cariocas, tiveram como “inventor” o Hilário Jovino, que transferiu o cortejo do rancho do Dia de Reis para o Carnaval e propondo também o mestre-sala e a porta bandeira.

Registro. (HTG) Instrumento jurídico-administrativo criado Decreto Federal n⁰ 3551/2000, responsável pelo reconhecimento e salvaguarda dos bens culturais de natureza imaterial. Quando um bem dessa natureza é reconhecido como patrimônio, ele é inscrito em pelo menos um dos Livros do Registro, que são: Livro dos Saberes e Ofícios, Livro das Formas de Expressão, Livro das Celebrações e Livro dos Lugares. É um ato administrativo que pode ser aplicado pelo governo federal, estadual e municipal. Em nível nacional os procedimentos do Registro são regulamentados pelo Decreto Federal 3551/200. Os patrimônios imateriais são formas de conhecimento de grupos da sociedade que passam de geração para geração, através da memória de seus portadores, são compartilhados coletivamente e ganham forma e sentido através de festas, costumes e crenças. Esse tipo de proteção tem por objetivo reconhecer e salvaguardar formas de conhecimento que tornam objetos, lugares e festas algo importante para os grupos que os produzem, que guardam histórias e memórias valiosas para determinados grupos da sociedade, como por exemplo, formas de se fazer determinadas comidas ou de se construir um instrumento musical, rituais e festas ou ainda espaços como mercados, feiras, praças onde acontecem manifestações coletivas. Para mais informações acesse: IPHAN. Patrimônio Cultural Imaterial: Para Saber Mais. IPHAN: Brasília, 2012. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/cartilha_1__parasabermais_web.pdf; IPHAN. O registro do Patrimônio Imaterial. Iphan: Brasília, 2006. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/PatImaDiv_ORegistroPatrimonioImaterial_1Edicao_m.pdf; Banco de dados dos Bens Culturais Registrados: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/228

Samba: (PMAS) palavra que representa diversos estilos musicais. No caso do Brasil, os ritmos existentes (samba carioca, por exemplo) deriva do Samba de Roda, onde alguns pesquisadores não entram em consenso sobre a origem da palavra, mas muito provavelmente é de origem africana. Ex: Semba e umbundo e Samba em quimbundo. (PEREIRA, 2007)

Samba carioca: (PMAS) o “Samba” mais popular no Brasil é se origina do Rio de Janeiro, surgindo no século XIX, nas casas das “Tias baianas” – onde ocorriam as famosas “rodas de samba”, lembrando o samba de roda da Bahia – no qual a mais popular acontecia na casa da Tia Ciata, com seus “filhos” mais conhecidos sendo Pixinguinha, Donga, João da Baiana e Sinhô. Tendo o pandeiro, o violão, o cavaquinho, o surdo, etc. como os principais instrumentos. Consequência disso e com grande influência do Maxixe, Donga em 1917 lança sua composição de samba pela primeira vez, comercialmente intitulado “Pelo telefone”. (PEREIRA, 2007). Para saber mais, acesse o texto Samba Carioca em nosso site.

Samba de chula: (PMAS) uma modalidade do Samba de Roda. Mais regrado, contrariamente ao Samba corrido (outra modalidade), onde se dança o miudinho um de cada vez e o canto não era feito em conjunto com a dança. (SIQUEIRA, 2017) Exemplo: a roda pode ser vista acima, na definição de miudinho; neste vídeo Roberto Mendes explica a chula e dá exemplos no violão. https://www.youtube.com/watch?v=d2iB_XL5xow

Tombamento. (HTG) O Tombamento é um instrumento técnico-jurídico que tem por finalidade preservar bens culturais que sejam portadores de valores históricos, culturais, artísticos importantes para a sociedade, responsáveis por guardar histórias e memórias que as pessoas não querem perder. Em nome do interesse público, o tombamento deve garantir à população a preservação e o usufruto dos bens culturais chancelados, garantindo aos cidadãos o acesso aos direitos culturais coletivos. Essa proteção incide na preservação de bens de natureza material, públicos e privados. Estes podem ser objetos móveis como, por exemplo, peças utilizadas em celebrações religiosas ou objetos artísticos, ou imóveis, como casas, prédios, bairros, ruas e praças. É um ato administrativo que pode ser aplicado pelo governo federal, estadual e municipal, independentemente uns dos outros. Em nível nacional, os procedimentos do Tombamento estão regulamentados pelo Decreto Lei n⁰ 25/1937. Os bens culturais tombados são inscritos em um ou mais Livros do Tombo, de acordo com o valor cultural que lhe garantiu a chancela de patrimônio, são eles: Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, Livro do Tombo Histórico, Livro do Tombo das Belas Artes e Livro do Tombo das Artes Aplicadas. Para mais informações acesse: BRASIL. Decreto-lei federal nº 25, de 30 de novembro de 1937. Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Rio de Janeiro, 1937. Disponível em:https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/109250/decreto-lei-25-37 ; RABELO, SONIA. O Estado na Preservação dos Bens Culturais. Rio de Janeiro: IPHAN, 2009. Disponível em: http://soniarabello.com.br/biblioteca/O Estado_na_Preservacao_de_Bens_Culturais.pdf

Umbigada: (PMAS) um movimento/dança característico do Samba de roda. A pessoa que está dançando no centro da roda se lança visando o propositalmente o encontro de umbigos: na tradição, isso é um convite a participar no centro da roda. (SILVA, 2010) Exemplo: trecho do documentário Umbigada (2006). https://www.youtube.com/watch?v=cZykD85krIY

Viola machete: (PMAS) é um instrumento tradicional do Recôncavo Baiano utilizados nos Samba de Chula, modalidade do Samba de Roda, de confecção tradicional e artesanal. Possui 10 cordas (5 cordas duplas) e tamanho pequeno e um timbre mais agudo, comparado ao violão. (SIQUEIRA, 2017) Exemplo: https://www.youtube.com/watch?v=RpMW_zml3v8
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